Como reconhecer a depressão?

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Esta semana li uma notícia inquietante, a notícia é baseada num estudo que revela que um em cada cinco portugueses está em sofrimento psicológico.

Este sofrimento em parte poderá estar relacionado com a  crise,  dificuldades económicas, desemprego e o impacto na vida das famílias, sob o ponto de vista afectivo. O mesmo estudo refere, que as dificuldades socioeconómicas estão a ter mais eco nas mulheres do que acontecia anteriormente, isto a par de questões de natureza emocional.

Mas independente da crise, o nosso país tem indicadores preocupantes a nível da saúde mental, cerca de 23% dos portugueses sofrem de doenças mentais, nomeadamente perturbações depressivas e de ansiedade. É o país com a mais alta prevalência da Europa.

Diariamente são vendidas cerca de 23 mil embalagens de antidepressivos e no ano de 2015 foram vendidos quase 12 milhões de embalagens de tranquilizantes. E o problema é que esse número continua a aumentar.

As mulheres têm maior probabilidade, mais do que os homens, de se tornarem depressivas e, por vezes, a recuperação é mais lenta.

Como reconhecer então a doença depressiva?

A doença depressiva caracteriza-se por um aumento excessivo das sensações diárias que acompanham a tristeza. A tristeza e o sofrimento sentidos na doença depressiva são incapacitantes e exagerados em relação a qualquer fator de stress que a pessoa já tenha sofrido.

Quais os sintomas da depressão?

Os sintomas são diversos e manifestam-se a nível do humor, do pensamento, do impulso e a nível físico.

Relativamente ao humor: É frequente a tristeza, a infelicidade, a melancolia, o desespero, a ansiedade e tensão. Há manifesta falta de prazer, falta de satisfação nas coisas que habitualmente apreciava fazer. O choro é mais frequente, o humor é instável, verifica-se um certo mau feitio, irritabilidade, défice de memória e um sentimento de desvalorização;

Embora a tristeza, a ansiedade, a preocupação e a fadiga sejam os sintomas mais comuns das perturbações depressivas, estes sintomas são acompanhados muitas vezes por sintomas somáticos (físicos) que são agravados ou mantidos por factores psicológicos e por perturbações do sono. Entre os sintomas somáticos referidos mais frequentemente contam-se as cefaleias, lombalgias, sensação de esgotamento, cansaço, dores contínuas, perda do apetite, perda de peso, perda do desejo sexual, incapacidade para se relaxar.

Comparativamente às alterações a nível do pensamento, verifica-se perda de interesse, perda da auto-estima, sensibilidade excessiva, sentimento de inadequação, sensação de apatia, incapacidade de adaptação, dificuldade em tomar decisões, desespero, autocensura, lentificação motora e incapacidade em concentrar-se.

A nível do impulso, anunciam-se através do isolamento, evitamento, desejo de fuga ou ainda através de rituais compulsivos (p. ex., limpeza ou verificação).

O reconhecimento precoce da depressão é fundamental, muitas pessoas depressivas não reconhecem os seus sintomas ou não são capazes de exprimir a natureza da sua depressão.

Se identifica alguma desta sintomatologia depressiva e se essa sintomatologia já perdura há algumas semanas, consulte um médico, pois o reconhecimento precoce e um tratamento adequado produzem alívio e melhorias na sua qualidade de vida.

Não ceda à depressão, procure ajuda!

Todos nós temos por vezes momentos na vida em que nos é útil o apoio e orientação de alguém, que nos ajude a navegar por mares psicológicos tempestuosos.

Maria José

Este Blog foi feito com todo o carinho para ajudá-la a pensar mais em si. Se tiver sugestões de temas ou dúvidas para serem respondidas é só enviar um email para avidaemtonssuaves@gmail.com

 

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