Falar de stress na vida quotidiana já é um lugar-comum, geralmente está associado às mudanças constantes e ao ritmo acelerado que predomina na nossa sociedade.
Esse ritmo, exige modificações profundas nos nossos comportamentos, estilos de vida, atitudes e valores, levando-nos frequentemente a sentimentos de instabilidade no nosso dia a dia e de incerteza quanto ao futuro. O stress assume-se como a doença do século XXI.
Atribui-se ao stress uma conotação negativa e de uma forma pouco definida a razão de ser do nosso mal estar psicológico ou físico. De facto, o stress excessivo afecta negativamente o bem-estar físico e psicológico de todos nós, levando a sentimentos de insatisfação de vida.
No entanto, o stress é uma experiência vital, faz parte da nossa condição humana e pode até ser positivo enquanto factor de adaptação.
Todos nós estamos envolvidos num elevado número de actividades, as quais respondemos com destreza, isso deve-se ao facto de ao longo da nossa vida termos a oportunidade de aprender um número variado de respostas, apropriadas às mais diversas situações. Essas respostas por terem sido muito praticadas constituem rotinas, que permitem lidarmos com a vida sem grandes dificuldades.
Por vezes surgem acontecimentos que saem da rotina e que exigem uma nova adaptação e novas respostas, quando são semelhantes a ocorrências antigas que já superamos com êxito, o caso não passa de um pequeno sobressalto adaptativo e ocasional, neste caso aplicamos estratégias idênticas às aplicadas anteriormente, que deram resultado e o problema fica resolvido.
Contudo, uma situação nova nem sempre é fácil de resolver e podemos, eventualmente, não saber como resolvê-la, sentimo-nos sem capacidade para ultrapassar as dificuldades e sem recursos pessoais ou sociais a que possamos recorrer para resolver o problema. Então surge o stress.
O stress surge quando é desenvolvida a percepção de não termos controlo sobre os acontecimentos com que nos defrontamos, que consideramos importantes e para os quais as exigências inerentes ultrapassam as aptidões e recursos pessoais e sociais. Com o tempo estes factores de stress podem levar a uma maior vulnerabilidade à depressão.
É importante resolver as situações de stress, para isso é importante modificar o estilo de vida e implementar hábitos que levem a aumentar a resistência ao stress.
Regras para reduzir o stress:
- Estabeleça as suas prioridades, ordenando aquilo que realmente conta na sua vida;
- Pense antecipadamente nas formas de contornar as dificuldades;
- Partilhe as preocupações com a sua família ou amigos, sempre que possível;
- Procure informação, ajuda e aconselhamento a tempo, ainda que tenha que fazer um esforço;
- Tente desenvolver um círculo de amizades;
- Pratique um hobbie;
- Faça exercício físico com regularidade;
- Alimente-se bem e de forma saudável;
- Procure ter um estilo de vida regular;
- Procure ocasiões para acções, atitudes e pensamentos positivos;
- Não seja excessivamente exigente consigo próprio;
- Não acumule, nem fique sentado a reconsiderar, pense de forma realista sobre os problemas e decida-se por uma acção adequada;
- Distraia-se de forma agradável;
- Tente encontrar o equilíbrio entre as exigências, as aptidões e os recursos que possui;
- Olhe para os acontecimentos com um certo sentido de humor;
- Esforçe-se em encontrar facetas positivas nas circunstancias que aparentemente são só negativas;
- Não seja resistente em procurar ajuda médica se estiver preocupado com a sua saúde;
- Lembre-se que existem sempre pessoas desejosas e capazes de ajudar, seja qual for o problema, não seja relutante a beneficiar da sua experiência.
Mas tome nota, a mais importante prioridade para tentar resolver o stress consiste em fazer exercício suficiente, alimentar-se correctamente e dormir o suficiente.
Maria José
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