Olá!
Fazendo uma breve referência ao dia dedicado à doença mental (último sábado), trago hoje um pequeno texto relativo ao tema, pois todos os dias ouvimos falar em Fobias, Personalidade Paranoide,Perturbação Obsessivo-Compulsivo, Esquizofrenia, etc… e muitas pessoas não compreendem muito bem estas diferenciações.
Para uma simples e vaga compreensão como a doença mental se diferencia, trago-vos um pequeno excerto de um livro que li e de que gostei bastante.
O livro chama-se” Como tornar-se doente mental” é um livro bastante interessante, em que o autor de forma humorística ensina a compreender e como evitar a doença mental, onde aborda as várias doenças mentais com critérios da DSMIV para o diagnóstico destas doenças. O autor do livro é o Professor Pio Abreu, Psiquiatra do Hospital da Universidade de Coimbra e Professor Associado da Faculdade de Medicina.
“Como não ser doente mental”
” …Todos temos direito a ser um bocadinho fóbicos quando um desgraça se abate sobre nós, um pouco paranoides quando nos envolvemos numa luta difícil, ligeiramente obsessivos enquanto estudamos a complexidade das coisas, um pouco histriónicos quando nos queremos impor aos outros. Da tendência esquizoide nascem teorias inovadoras e, através das mudanças de humor, a criatividade. Se o leitor conseguir fazer tudo isto com sucesso, os meus parabéns: sabe respeitar os contextos da vida e adequar-se a eles…
… Evite mentir a si próprio, e não faça como os histriónicos que mentem primeiro a si próprios para se convencerem que são sinceros para os outros. Se não se mentir a si próprio, descobrirá que ė uma pessoa com limites e deixará de querer ir a todas, como fazem os fóbicos. Também não será dono da verdade nem tão importante como são os paranoicos. Não será o mais perfeito, o que fica para os obsessivos, nem tão brilhante ou poderoso como os histriónicos e psicopatas. Não será uma pessoa muito especial, como os esquizofrénicos, nem um génio, como os maníaco-depressivos. Será apenas uma pessoa comum que aceita os desafios e os paradoxos da vida, faz o possível para, em cada momento, dar o que pode e actuar em conjunto com os outros. No entanto, tem de assumir a responsabilidade completa pelas suas acções. Afinal, todos fomos expulsos do Paraíso e condenados à solidariedade. Fizemos das fraquezas forças e, uns com os outros, construímos coisas admiráveis.
Convenhamos entretanto que tudo isto é muito complicado, pouco gratificante e difícil de fazer. Fácil, fácil, é mesmo tornar-se doente mental.”
Uma boa semana para todos!
Maria José
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